26 de agosto de 2010

Eve Marie Saint


Uma das minhas leitoras me pediu para que postasse alguma coisa sobre esta atriz de Nova Jersey. Ao pesquisar sobre ela, percebi que não teve uma vida polêmica, cheia de escândalos. Ela é casada desde 1951 com o mesmo marido, sem passar por vários divórcios turbulentos. Sei que ninguém é perfeito, mas a vida conjugal dela é diferente de outras atrizes que, infelizmente, passaram por muitos sofrimentos com seus cônjuges.



Eve Marie Saint começou no teatro e no rádio em 1946 e só deu o pontapé inicial na sétima arte em 1953 no sucesso Sindicato de Ladrões. De quebra, ainda levou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante.


Foi nesta década que fez seus filmes de maiores sucessos com os galãs daquela época: o já citado Sindicato de ladrões, com Marlon Brando (1953).


Intriga internacional, com Cary Grant (1959).


Exodus, com Paul Newman (1961).


Depois disto, fez mais alguns filmes e, na década de 1970, começou a atuar na televisão. Na década seguinte, voltou a fazer teatro.


Mesmo com mais de oitenta anos de idade, não parou de atuar. Seu último trabalho foi o da nossa querida Martha Kent no filme Superman return (2006). Não sei se repararam, mas neste mesmo filme, aparece Marlon Brando (Jor-El, pai de Kal-El no primeiro filme - 1978), que foi par romântico em Sindicato de ladrões. Relembrar é viver, não é.


Apareceu na cerimônia do Oscar de 2009 para a entrega do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante. Lindona como sempre.


Não sei quais são os projetos da nossa querida Eve Marie Saint, mas espero que continue atuando por mais anos com muita saúde e prosperidade.

25 de agosto de 2010

Sean Connery: 80 anos


De padeiro a sir. A trajetória de Thomas Connery, que o mundo conhece como Sean Connery, parece um sonho sobre como garoto pobre extrapola limites de classe, vira milionário, ganha reconhecimento internacional e, aos olhos do público, transforma-se num ícone. Tudo isso numa vida que se pode definir como longeva - Sir Sean Connery festeja hoje 80 anos. Como Clint Eastwood, outro ícone de virilidade, que completou 80 anos em 30 de maio, Connery torna-se octogenário sem exibir sinais aparentes de cansaço. Está "inteirão".

Ele nasceu em 25 de agosto de 1930 em Edimburgo, na Escócia. Já disse que não teria tido problemas em seguir sendo padeiro - e teria sido bom, garante -, mas agradece ao amigo que o convenceu, em 1953, a fazer um teste para ser chorus boy de Ao Sul do Pacífico. O musical de Rodgers e Hammerstein desembarcava em Londres após arrebentar na Broadway com sua história sobre marinheiros norte-americanos numa ilha do Pacífico, durante a 2ª Guerra. Connery foi aprovado - mais pela estampa, ele reconhece. Dois anos depois, estreou no cinema e, em 1957, participou de um bom filme, Na Rota do Inferno, de Cy Endfield, antes de ser vilão em A Maior Aventura de Tarzan, de John Guillermin, dois anos mais tarde.


A grande virada ocorreu em 1962, quando os produtores Harry Saltzman e Robert Broccoli, tendo adquirido os direitos de filmagem da série de livros de Ian Fleming, o contrataram para viver nas tela James Bond, o agente inglês cujo duplo zero - 007 - lhe dá licença para matar. Connery formatou o personagem ao longo de cinco filmes - O Satânico Doutor No, Moscou contra 007, 007 contra Goldfinger, 007 contra a Chantagem Atômica e Com 007 Só se Vive Duas Vezes. Depois, cansado de empunhar a pistola, tentou desertar da série, mas foi cooptado pelos produtores a voltar quando seu substituto, George Lazenby, não deu certo em 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade.


Na verdade, o que o público não aprovara fora menos o ator do que a tentativa de humanizar o personagem. Bond voltou a ser transgressivo com Connery - violento, frio na hora de matar e sedutor com as mulheres - em 007, Os Diamantes São Eternos para salvar a série. E ele ainda retomou o papel numa produção independente, à margem da série oficial, no que talvez seja o melhor filme adaptado de Ian Fleming - Nunca Mais Outra Vez. O jovem que assiste hoje a esses filmes não tem ideia do que foi a revolução de 007. Os anos 1960 tornaram-se conhecidos como a década que mudou tudo. Minissaia, pílula, sexo livre. O cinema acompanhou as mudanças de comportamentos. O Código Hays, que disciplinava o uso da sexo e da violência em Hollywood, foi arquivado.


James Bond encarnou um dos paradigmas da mudança. O personagem nunca foi uma unanimidade, acusado de falocrata e violento, mas se beneficiou de um fã muito especial - o próprio presidente dos EUA, John Kennedy, notório mulherengo, alimentou as fantasias do público ao dizer que não havia leitura melhor para desanuviar as pressões do cargo. Só que Connery nunca quis ficar restrito ao papel e, antes mesmo de abandoná-lo, usou a popularidade que a série lhe proporcionava para participar de projetos artisticamente mais ambiciosos. Filmou com Alfred Hitchcock (Marnie, as Confissões de Uma Ladra), Irvin Kershner (Sublime Loucura), Sidney Lumet (A Colina dos Homens Perdidos), Martin Ritt (Ver-Te-Ei no Inferno), John Huston (O Homem Que Queria Ser Rei) e Richard Lester (Robin e Marian).


Nos anos 1980 reinventou-se como o monge detetive de O Nome da Rosa, que Jean-Jacques Annaud adaptou de Umb erto Eco, e Os Intocáveis, de Brian De Palma, que lhe valeu o Oscar de melhor ator coadjuvante. Só mesmo Hollywood - um dos maiores astros do cinema, um ícone e um grande ator - é premiado como coadjuvante enquanto outros, muito menos talentosos do que ele, ganham o Oscar principal. Ainda nos 80, fechou a década como pai de Harrison Ford em Indiana Jones e a Última Cruzada, de Steven Spielberg. Quem mais teria autoridade para chamar o herói de "Júnior"?


Homem político. Na vida pessoal, foi casado de 1962 a 73 com Diane Cilento e ela escreveu um livro, após a separação, contando como ele foi péssimo marido. Desde 1975, é casado com Michelline. É um homem político, apoiando, inclusive financeiramente, o Partido Nacional Escocês, que luta pela independência da Escócia. Seus opositores contestam o patriotismo com dedo acusador - para fugir aos impostos, Connery mora há décadas com a mulher em Nassau, nas Bahamas. Nos últimos anos, decepcionado com o sistema de Hollywood - mas também com a bilheteria magra de A Liga Extraordinária -, parou com o cinema. O projeto atual é um livro sobre sua vida. Sean Connery conta tudo. Terá de ser um volume alentado, para dar conta de uma trajetória tão complexa, com tantos encontros notáveis.


Balanço de vida

"Admito que me pagam muito bem, mas eu mereço. Afinal, nem as prostitutas, rodando bolsinha, foram mais abusadas do que eu na tela dos cinemas."

Fonte: Estadão

24 de agosto de 2010

Frases clássicas (7)

"Diga olá para o meu amiguinho!"
Scarface

  
 "Que lixo!"
Beyond the forest



"Mrs. Robinson, você está tentando me seduzir. Não está?"
A Primeira Noite de Um Homem


"Senhores, vocês não podem brigar aqui! Essa é a Sala de Guerra!"
Dr. Fantástico


"Elementar, meu caro Watson."
O enigma da pirâmide


"Tire suas patas fedidas de cima de mim, seu maldito macaco nojento!"
Planeta dos Macacos


"De todos os botecos de gim em todas as cidades de todo o mundo, ela entra no meu."
Casablanca


"Olha o Johnny!"
O Iluminado


"Eles estão aqui!"
Poltergeist


"É seguro?"
Maratona da morte

23 de agosto de 2010

River Phoenix: 40 anos



Hoje é dia de comemorações, não é? Na postagem de baixo, ficamos sabendo que Psicose completa 50 anos, dez anos a mais que o nosso saudoso River Phoenix. Lembro que, quando fiquei sabendo de sua morte (1993), demorou dias (ou semanas) para cair a ficha. Neste mesmo dia, havia falecido também o grande diretor Frederico Fellini, mas na época, nem queria saber deste diretor italiano, só do River.

Eu tinha 18 anos e, na época, fui a um acampamento com uma galera, sem televisão, sem contato com vida alguma. Quando voltei, minhas colegas da escola me disseram que River Phoenix havia morrido. Não queria acreditar que o meu gato tinha falecido!

Sempre acompanhei a sua trajetória via Capricho, Querida (quem não se lembra!), tinha fotos dele, ou seja, era uma típica adolescente que amava de paixão aqueles olhinhos-que-pedia-colo!


Com o tempo, fui descobrindo mais sobre ele. Pra começar, quem não assistiu àquele filme Viagem ao mundo dos sonhos (1985), sobre três garotos que embarcam numa nave espacial (criada pelo personagem de River) para uma outra nave? Bem surreal!


No ano seguinte, fez um dos meus filmes favoritos: Fica comigo (o conhecido Stand by me) em que um grupo de garotos vão atrás do corpo de um garoto que havia sido assassinado. A trilha sonora homônima, como sabemos, é de John Lennon.


Depois de outros filmes, devido a sua estreita amizade com Harrison Ford, foi escalado para viver o jovem Indiana Jones em Indiana Jones e a última cruzada (1989).


Mais tarde, em 1991, fez um filme com Keanu Reaves (outro gato que na época eu amaaaaaava!) em Garotos de programa. Li a matéria deste filme na Capricho com esta foto célebre abaixo:


River morreu de overdose de cocaína com heroína ao lado de seu irmão, Leaf Phoenix (conhecemos como Joaquim Phoenix, aquele de Gladiador, Johny e June e outros). É triste como jovens talentos como River Phoenix se entregam a coisas que o destroem como as drogas. Tinha muito chão pela frente e, quem sabe, alguns prêmios como Oscar, Globo de Ouro e outros.


Psicose: 50 anos


Pois é, a idade chega para todos, não é? O nosso clássico de suspense, Psicose, está completando 50 anos e continua fazendo sucesso, principalmente com a famosa cena do assassinato do chuveiro, muito imitada, diga-se de passagem.


Janeth Leigh e Anthony Perkins ficaram bem conhecidos pelo seus desempenhos. Mas o ator só era cotado para fazer filmes com este perfil: o de uma pessoa pertubada.


O diretor, Alfred Hitchcock adquiriu os direitos do livro de forma anonimata, pagando 11.000 dólares, comprando, depois, todas as cópias disponíveis no mercado para que  ninguém o lesse para descobrir o final da história. Que coisa, não?

Hitchcook preferiu filmar em preto e branco porque temia que a cena do chuveiro ficasse chocante demais com o vermelho do sangue. Aliás, esta cena demorou sete dias para ser filmada.

Pra finalizar, o diretor britânico recebeu uma carta de um pai enfurecido, dizendo que sua filha se recusava a entrar no chuveiro depois que viu o filme, por estar apavorada. Hitckcock respondeu sugerindo ao pai que a levasse para uma lavagem a seco. Só ele mesmo!

Mais legos clássicos









20 de agosto de 2010

Tom and Jerry e o Oscar


Tom and Jerry foi um dos meus desenhos favoritos da minha infância, o qual passava todos os dias no SBT sempre de dia ou no final da tarde, assim, quando estudava de manhã, podia assistir à tarde ou vice-versa.

Tenho que concordar que, com o politicamente correto hoje, este desenho é visto como tendo conteúdos de extrema violência: é o gato atirando com uma espingarda dentro de casa (armas na residência?), é bomba explodindo na cara do gato (e não morria!), é porrada, porrada e porrada mesmo! Ainda assim, fui uma criança normal, passei a minha adolescência numa boa e hoje sou uma adulta normal, sem instinto assassino.

Este desenho surgiu em 1940 com o título Puss gets the boot, sem ainda ter o nome dos protagonistas. Quem criou este clássico foram os desenhistas William Hanna e Joseph Barbera para MGM até 1957. Depois, o desenho passou para outras mãos como Gene Deitch (1960-1962) e Chuch Jones (1963-1967).

Na era Hanna-Barbera, o desenho faturou nada mais, nada menos do que sete estatuetas do Oscar. Mesmo com a censura da época, o nosso clássico animado conseguiu esta façanha.

Mesmo adulta, quando tenho um tempinho, assisto a este desenho e, confesso, continuo rindo com as mesmas piadas.

Confiram os vídeos com os sete desenhos vencedores do Oscar, pois relembrar é viver.

The Yankee Doodle Mouse (1943)


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Mouse trouble (1944)


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Quiet, please (1945)


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The cat concert (1946)


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The little orphan (1948)


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The two mouseketeers (1951)


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Johann Mouse (1952)


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